A Venezuela libertou pelo menos 60 pessoas detidas após as eleições presidenciais de julho de 2024, na madrugada de 25 de dezembro. O anúncio foi feito pelo Comitê para a Liberdade dos Presos Políticos (Clippve), uma ONG de ativistas e familiares de presos políticos, que celebrou a soltura. Nicolás Maduro, reeleito em meio a denúncias de fraude pela oposição, viu protestos resultarem na prisão de cerca de 2.400 pessoas, classificadas por ele como "terroristas".
As libertações ocorreram em um contexto de crise política, com mais de 2.000 presos já soltos anteriormente segundo dados oficiais, mas ainda mais de mil detidos, conforme a ONG Justicia Encuentro y Perdón. Andreína Baduel, da Clippve, declarou que os libertados "jamais deveriam ter sido detidos arbitrariamente". O Ministério Público venezuelano não esclareceu as condições das solturas, apesar de solicitações de agências como a AFP.
Algumas fontes reportam números ligeiramente variados, como 71 liberados segundo a BBC, em meio a pressões internacionais, incluindo dos Estados Unidos, sobre o regime de Maduro. Apesar do gesto natalino, denúncias contra prisões políticas persistem. Protestos da população e organizações como Human Rights Watch atacam as condenações há anos.