Romeu Zema autoriza privatização da empresa de água e esgoto de Minas Gerais

O governador Romeu Zema sancionou a lei que autoriza a privatização da Copasa, publicada no Diário Oficial do estado em 23 de dezembro. No mesmo dia, anunciou a troca na presidência da companhia: Marília Melo, ex-secretária de Meio Ambiente, assume o cargo no lugar de Fernando Passalio. A medida inicia formalmente o processo de desestatização da empresa, responsável por água em 637 municípios e esgoto em 308 cidades de Minas Gerais, com meta de venda até março de 2026.

Marília Melo, engenheira civil pela UFMG com mestrado em saneamento e doutorado em recursos hídricos, é servidora de carreira desde 2006 e já dirigiu o Igam duas vezes. Sua nomeação visa conduzir o processo de privatização. Fernando Passalio, presidente desde março e ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, foi afastado após reunião com o alto escalão; o governo o elogiou por ajustes prévios para viabilizar a desestatização.

O modelo aprovado permite que o estado vete decisões estratégicas da Copasa, como uma mudança de sede. A lei, aprovada pela ALMG por 53 a 19 votos, garante manutenção de contratos de trabalho por 18 meses pós-privatização e metas de universalização de serviços, incluindo áreas rurais e informais. Recursos da venda serão usados no Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), quitando obrigações com a União — a dívida de Minas é estimada em R$ 180 bilhões.