O Japão avança na preparação para reativar a usina nuclear de Kashiwazaki-Kariwa, a maior do mundo, mais de 14 anos após o desastre de Fukushima em 2011. Localizada na província de Niigata, operada pela Tepco, a usina teve suas operações suspensas, levando à paralisação de todos os reatores japoneses na época. Autoridades locais, incluindo o governador Hideyo Hanazumi, sinalizaram apoio à retomada parcial, com aprovações regulatórias em novembro de 2025.
A reativação visa suprir a crescente demanda energética do país, impulsionada por inteligência artificial e metas de neutralidade de carbono até 2050. O plano prioriza os reatores 6 e 7, com a Tepco planejando reinício do reator número 6 já em janeiro de 2026, pendente de aprovação final da assembleia provincial e da Autoridade Reguladora Nuclear. Desde Fukushima, 14 outros reatores em regiões oeste e sul foram religados sob padrões de segurança rigorosos.
A Tepco, marcada pelo colapso de Fukushima, enfrenta custos bilionários com descomissionamento e indenizações, mas busca reestruturação via retomada de operações. O governador Hanazumi anunciou apoio em coletiva de imprensa, destacando a necessidade de energia estável em um Japão dependente de importações fósseis. Aprovada em 21 de novembro de 2025, a luz verde regulatória representa um marco para a operadora afetada pelo desastre.