Jair Bolsonaro, preso na Superintendência da Polícia Federal, confirmou em uma carta escrita à mão a pré-candidatura de seu filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), à Presidência da República em 2026. O documento foi divulgado na manhã de 25 de dezembro, minutos antes de Bolsonaro passar por uma cirurgia de correção de hérnia inguinal no Hospital DF Star, em Brasília.
Na carta, Bolsonaro justifica a indicação como uma resposta a um "cenário de injustiça" e um compromisso para não silenciar a "vontade popular", destacando que Flávio representa a "continuidade do caminho da prosperidade" iniciado por ele. Flávio leu o texto publicamente na porta do hospital para encerrar dúvidas sobre a decisão, previamente anunciada por ele em 5 de dezembro e confirmada pelo PL, apesar de resistências internas.
O anúncio ocorre em meio a tensões políticas, com críticas de aliados à escolha de Flávio como herdeiro político, especialmente após insinuações dele sobre um "preço" para desistir da disputa. Flávio havia visitado o pai na prisão e declarado a pré-candidatura "irreversível", reforçando que o caminho foi traçado por Bolsonaro.