Um tribunal equatoriano condenou 11 soldados à pena máxima de prisão por envolvimento no desaparecimento forçado e assassinato de quatro crianças, com idades entre 11 e 15 anos, ocorrido em dezembro de 2024 em Guayaquil. As vítimas foram vistas em vídeo de segurança sendo detidas por uma patrulha militar enquanto jogavam futebol em um bairro pobre. Os restos carbonizados das crianças foram encontrados perto de uma base militar em Taura, confirmados por exames de DNA.
Inicialmente, 16 militares da Força Aérea foram detidos por ordem judicial em 31 de dezembro de 2024, após o Ministério Público apresentar provas como testemunhos e filmagens. O exército admitiu a detenção das crianças por suposto roubo, mas alegou tê-las liberado logo depois, atribuindo o desaparecimento a gangues.
O caso gerou protestos massivos em Guayaquil. A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) condenou o incidente, destacando falhas na estratégia de segurança do presidente Daniel Noboa, que depende do exército para combater gangues. A Anistia Internacional criticou a militarização da segurança pública, documentando casos semelhantes de desaparecimentos em 2024. Noboa prometeu impunidade zero e cooperação total das Forças Armadas na investigação.