Enel descarta venda da concessão em São Paulo

A Enel comunicou ao Ministério de Minas e Energia que descarta vender o controle de sua concessão de distribuição de energia em São Paulo. Essa decisão veio após pressão de autoridades devido a cinco apagões em menos de dois anos. Em vez de venda, a empresa propõe "investimentos maciços" de R$ 10,4 bilhões entre 2025 e 2027, focados em redes subterrâneas, digitalização e medidas preventivas, mudando sua posição anterior contra essa opção por altos custos.

O apagão mais recente, em 10 de dezembro de 2025, afetou 2,2 milhões de clientes, com milhares sem luz por mais de cinco dias. Esse evento ampliou a crise e foi incluído no processo de fiscalização da Aneel, iniciado após o apagão de outubro de 2024, que pode recomendar a caducidade do contrato ao MME.

O contrato da Enel vence em 2028, mas a empresa busca renovação antecipada, suspensa pela Justiça Federal até o fim das fiscalizações. Apesar das críticas operacionais, técnicos da Aneel consideram que a distribuidora atende requisitos regulatórios para prorrogação. Concorrentes como CPFL, Neoenergia, Equatorial e Energisa manifestaram interesse na concessão.