Defesa de Roger Abdelmassih pede prisão domiciliar

A defesa de Roger Abdelmassih, ex-médico condenado a mais de 173 anos de prisão por estuprar 37 pacientes em sua clínica de fertilidade, pediu à Justiça de São Paulo que ele cumpra o restante da pena em prisão domiciliar.

Detido na Penitenciária 2 de Tremembé (SP), Abdelmassih, de 82 anos, teve o pedido reforçado em dezembro de 2025 com laudo médico apontando risco de morte súbita devido a múltiplas comorbidades, como cardiopatia isquêmica grave, insuficiência cardíaca, histórico de infarto, AVC recente, HIV, broncopatia, depressão e câncer de próstata.

Os exames indicam obstruções coronarianas significativas, risco de arritmias e possível necessidade de marcapasso, com a defesa alegando que o sistema prisional carece de estrutura para emergências cardiovasculares complexas.

A juíza da Vara de Execuções Criminais de Taubaté ainda deve analisar o pedido, enquanto Abdelmassih, cassado pelo Cremesp em 2011 e preso desde 2014 após fugir para o Paraguai, segue em cuidados paliativos na unidade prisional.

Anteriormente, em 2024, sua esposa e advogada, Larissa Sacco, já havia argumentado "risco de morte". Vítimas como Ivani Serebrenic e Vana Lopes criticam qualquer tentativa de alívio de pena, destacando a gravidade dos crimes cometidos contra mulheres sedadas durante procedimentos. Abdelmassih já obteve prisões domiciliares temporárias em 2021 por COVID-19, mas voltou ao regime fechado após decisões do TJ-SP e STJ.