O governo chinês anunciou medidas mais rigorosas para punir o envio e compartilhamento de conteúdo obsceno ou pornográfico na internet. Plataformas digitais devem remover imediatamente materiais com insinuações sexuais, nudez ou erotismo, sob pena de multas elevadas e fechamento de sites. Essa política visa proteger a "saúde mental" da juventude e preservar os valores morais tradicionais, diz o governo.
A legislação penal da China já criminaliza a produção e distribuição de pornografia desde 1997, definindo-a como qualquer mídia que retrate atos sexuais explicitamente, exceto para fins médicos ou artísticos. Em 2025, autoridades relataram prisões em massa ligadas a comunidades online de erotismo. Distribuidores enfrentam penas de até prisão perpétua.
Plataformas como Weibo, Douyin e apps de streaming ao vivo são obrigadas a usar algoritmos de IA para detectar e bloquear conteúdo automaticamente, com inspeções diárias. Em 2021-2022, mais de 19 milhões de itens foram removidos, e ações continuam.
Críticos apontam que a repressão desproporcionalmente afeta conteúdo LGBTQIA+, como o banimento de apps de namoro como Blued e Grindr, ampliando a censura geral à liberdade de expressão. O governo justifica as punições como uma defesa contra "corrupção social".