Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, chegou ao Hospital DF Star, em Brasília, na manhã de hoje (24 de dezembro), para acompanhar a internação de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que se submeteu a exames pré-operatórios para uma cirurgia de correção de hérnia inguinal marcada para o dia 25. Impedido por decisão judicial do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de entrar na unidade ou acompanhar o pai diretamente, Carlos permaneceu na calçada do hospital, observando a chegada de Bolsonaro escoltado pela Polícia Federal. Ele descreveu o momento como um "presente de Natal", expressando o desejo de ao menos ver o pai à distância e transmitir "boas energias".
A restrição decorre de regras impostas por Moraes para a internação, autorizando apenas a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro a acompanhar o ex-presidente durante todo o período, com visitas de outros familiares, incluindo Carlos e o senador Flávio Bolsonaro, condicionadas a prévia aprovação judicial. A defesa dos filhos protocolou novo pedido para permitir visitas permanentes no pós-cirúrgico, destacando a necessidade familiar em data festiva, mas a decisão ainda pende. O hospital conta com vigilância 24 horas da PF, com agentes na porta do quarto e proibição de dispositivos eletrônicos.
Bolsonaro deixou a Superintendência da Polícia Federal, onde cumpre prisão desde novembro, pela primeira vez para o procedimento médico, marcando sua oitava cirurgia desde a facada de 2018. Carlos criticou publicamente a limitação imposta pelo STF, afirmando que "depende da decisão de uma pessoa". A equipe médica, composta por especialistas como o cirurgião Claudio Birolini, estima duração de até quatro horas para a operação e pelo menos uma semana de internação.